I give my life to death, por Carolina Souza

  A algum tempo atrás, descobri que uma das minhas amigas era escritora. Já conhecida por vocês que acompanham o blog, a Carol começou a ler, meio que por minha culpa, e desde então não parou mais. Com o tempo, a escrita da Carol foi ficando cada vez melhor e a mesma começou a escrever textos incrivelmente bons. Depois de perceber que ela tinha o dom da escrita, Carol começou a escrever vários contos e no futuro, talvez publique-os em um livro, mas isso ainda vai demorar um pouquinho. Hoje, tenho o prazer de mostrar o primeiro conto que a Carol decidiu publicar.



"Estava com um grupo de amigas, caminhando pelas ruas de Brasília, estávamos no museu¹ nos divertindo, acabei perdendo elas de vista e enquanto as procurava, esbarrei num homem alto e pedi desculpas. Continuei a andar, um pouco mais a frente tinha um grupo de meninos que tinham lá os seus vinte e um anos. Ia passar reto, se eles não tivessem me encurralado.
- Oi belezinha, você é muito sexy, que tal se nós brincássemos um pouquinho em? – perguntou o de cabelo preto.
  - Desculpe, não estou disponível. – respondi, com certa ironia na voz.
  - Oh, sem problemas, não me importo com isso – respondeu, com uma voz maliciosa – vai ser rapidinho – ele foi se aproximando de mim e eu fui dando um passo para trás, a cada passo que eu dava para trás, ele dava um para frente.
   - Calma gatinha, nós não mordemos – falou o outro babaca, o mais alto.
   - Fale por você Jesse – disse o de cabelo preto.
   Eles estavam me encurralando, então corri o mais rápido que podia, esse foi o meu primeiro erro. O meu segundo erro foi correr para um lugar vazio, ao invés de correr para a multidão. Terceiro erro, achar que podia ganhar de quatro garotos com vinte e um anos, enquanto eu sou uma garota com dezenove. Acabei tropeçando e com certeza torcendo um tornozelo, por que quando me levantei e coloquei peso sobre o pé esquerdo meu tornozelo latejou e eu voltei a cair.
 - Aonde pensa que vai gostosa? – eles estavam chegando mais perto, e eu não podia correr. O desespero tomou conta de mim e comecei a gritar.
  - Teria sido mais fácil se você não tivesse corrido.  Agora eu não vou poder pegar leve com você gata, o que diriam de mim se eu o fizesse? – disse o moreno, olhei para ele, meus olhos começando a lacrimejar.
  - Por favor, não faça isso, e-eu n-não tenho... – Não conseguia terminar a frase em meio aos soluços.
 - Shh. – Disse, ele chegou mais perto e me empurrou com força na parede, eu teria caído se ele não tivesse me pegado pelo pescoço e me prensado na parede, um dos quatro garotos, o loiro, arrancou minha blusa, deixando meus seios cobertos apenas pelo sutiã, já o loiro mais alto, segurou minhas mãos no alto da minha cabeça enquanto o de cabelo castanho abaixava minha calça.  Senti minha calcinha rasgando ao meio devido o puxão que o de cabelo preto deu, logo depois senti dois dedos me penetrarem, comecei a chorar e a me debater, eu dava chutes para todo lado, me contorcia e gritava o que, mais tarde descobriria, foi o meu quarto erro.
     Em algum momento da pior coisa que já aconteceu comigo, eu apaguei.
Senti tapas na minha cara, abri os olhos e os quatro me olharam sorrindo maliciosamente.
  - A gracinha acordou, que pena que você não sabe ficar quieta, vai ser um desperdício. – disse o de cabelo preto. Ele foi chegando mais perto até que estava bem perto de mim, eu estava em choque e com medo. Nunca tinha me sentido tão apavorada quanto me sentia agora.
  Comecei a ouvir o som da sirene da policia, – alguém deve ter ouvido os meus gritos e ligado para a policia - e quando começou a surgir um pingo de esperança, o de cabelo preto fez o favor de destruir toda a esperança que me restava. Tirou uma arma do casaco e apontou para mim e disse – Gata, pena a policia ter chegado agora, poderíamos ter nos divertido mais – e atirou.
 Senti uma dor aguda no meu peito esquerdo percebendo que eu tinha sido atingida exatamente no coração. Sentia uma lagrima escorrendo dos meus olhos, e enquanto sentia a morte me levando, a minha vida inteira passou em um piscar de olhos, como um filme. Mas um filme que não tem um final feliz. Um filme aonde a personagem principal morre." 
Por Carolina Souza
Bom, o que vocês acharam?? Eu pelo menos achei incrível, muito bem feito, personagens bem construídos, como eu disse incrivel! Deem suas opiniões abaixo nos comentários!
PS.: A Carol postará seus contos aqui
Espero que gostem!
Beijos
Luísa 

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